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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Depois da maior cheia dos últimos 100 anos, Amazonas chega a uma das piores secas


Depois de o Rio Negro alcançar 29,77 metros no mês de junho – a maior marca desde 1902 - o nível do rio chegou ontem(30) aos 16 metros em Manaus. De acordo com o superintendente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) no Amazonas, Marco Antônio Oliveira, o rio chegou a um nível de emergência.

“A situação de seca está crítica ao longo da calha do Rio Negro e até fevereiro isso deve continuar. Classificamos essa vazante como média a grande, já que ela se encaixa entre as 30 maiores já registradas”, disse à Agência Brasil.

O fenômeno natural de subida e descida do nível do rio afeta a navegação, compromete a ligação com as sedes municipais e o abastecimento de centenas de comunidades. De acordo com os registros históricos do CPRM, a maior seca do Rio Negro ocorreu em 1963, quando o nível chegou a 13,64 metros. O Rio Negro é o maior do estado e a severa seca deste ano prejudica não só a capital do Amazonas, mas também os outros quatro municípios (São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro, Barcelos e Novo Airão).

O superintendente do CPRM no Amazonas explicou que a falta de chuvas, desde a segunda quinzena de julho, deve-se, sobretudo, ao fenômeno El Niño (aquecimento das águas do oceano). Em julho, agosto e setembro choveu metade do esperado. Em outubro, 74% e em novembro, apenas 50% do que deveria.

"Tudo isso nos trouxe para uma severa seca este ano. Em dezembro o ideal seria que chovesse 219 milímetros, mas não deve chegar a isso”, avaliou Oliveira.''

No Sul e Oeste do Amazonas, as chuvas estão dentro da normalidade, o que contribuiu para a subida do Rio Solimões, o segundo maior do estado. O reflexo dessas chuvas deve chegar a Manaus em 15 dias, pois os dois rios (Solimões e Negro) encontram-se na cidade e a cheia de um pode influenciar o outro. “Mas o Solimões só vai fazer com que o Negro suba caso as chuvas também contribuam para isso”, acrescentou Oliveira.

Um estudo detalhado das áreas afetadas pela seca está em fase de finalização pelo governo do Amazonas. O objetivo é aproveitar as informações para abertura imediata de estradas vicinais destinadas a tirar do isolamento milhares de ribeirinhos atingidos pela estiagem. Linhas especiais de financiamento para produtores rurais e distribuição de sementes e implementos agrícolas estão sendo realizados por meio Agência de Fomento do Estado (Afeam) para auxiliar a agricultura familiar.

Austrália não aprova redução de carbono


O parlamento australiano vetou nesta quarta-feira, 2, o projeto de lei que cria mercado de carbono no país, iniciativa que visa estabeler uma política de mudanças climáticas.

O senado rejeitou pela segunda vez o projeto de lei, sob a justificativa de que tal medida prejudicaria a economia. Se fosse aprovada, a iniciativa promoveria a redução de 25% das emissões de CO2 em dez anos.

Ministério da Ciência e Tecnologia atualiza inventário de emissões de gases estufa

Os números, que ainda são preliminares, vão para consulta pública e expõem setores mais poluentes.



O ministro de Ciência e
Tecnologia, Sérgio Rezende, explica como é feito o inventário e comenta dados do desmatamento da Amazônia. Ele comenta também as estimativas de redução da emissão de gases.

Frio recorde na Antártida em meio ao aquecimento global


Dados do brasileiro Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam temperatura mais baixa em 11 anos no continente gelado.

Os números registrados na Estação Comandante Ferraz, na Antártida, mostram as temperaturas locais mais baixas no século XXI. Além disso, os cientistas brasileiros constataram que o mês de novembro foi 2°C mais frio que a média para o período, enquanto a temperatura de todo o ano de 2009 está 1°C abaixo da média histórica.

Entre o último domingo, 29, e esta terça-feira, 1º, mais de 50 cientistas ficaram confinados na estação devido a uma forte nevasca.

MMA anuncia novo ranking de emissões de carros fabricados em 2009

Baixe o ranking AQUI (PDF)

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou nesta terça-feira ( 1/12), a nova versão da Nota Verde, que classifica os carros de passeio que circulam no País, fabricados em 2009, de acordo com suas emissões de CO2 e outros poluentes - substâncias que favorecem o aquecimento global e afetam a saúde humana.


Diferentemente da primeira versão (anunciada em setembro), que atribuiu notas numéricas aos modelos de 2008, desta vez são utilizadas estrelas - de uma a cinco - para demonstrar os níveis de emissões de gases poluentes e do efeito estufa. Quanto maior o número de estrelas, mais eficiente é o veículo. Ou seja, menor o índice de emissão de monóxido de carbono, hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio e dióxido de carbono.

"O objetivo da Nota Verde é orientar o consumidor. Queremos que o consumo consciente cresça cada vez mais, e que assim seja criada uma concorrência positiva entre as montadoras, para que produzam carros mais eficientes", disse Carlos Minc. De acordo com o ministro, a nova forma de classificação dos veículos foi "bastante debatida" em um grupo de trabalho que reuniu, além do MMA, o Ibama, Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) e Petrobras. Segundo ele, o ranking atual obteve mais consenso que o primeiro e "está mais claro para o consumidor".

A lista reúne cerca de 400 modelos de veículos de passeio fabricados no ano de 2009 - inclusive alguns importados. Vinte e dois modelos ganharam cinco estrelas, todos eles com motores flex (movidos tanto a álcool quanto a gasolina). Os últimos colocados são modelos a gasolina e com motores mais potentes, acima de 2.0.

No critério adotado para classificar os veículos, 3 estrelas são relativas aos poluentes CO, NMHC e NOx, e 2 relativas ao CO2. "Os carros que utilizam álcool já ganham automaticamente uma estrela, porque o CO2 liberado é absorvido no processo de cultivo da cana", explicou o ministro. Para Paulo Macedo, coordenador do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve/Ibama), responsável pelas medições, a nova forma de classificação se tornou "mais rigorosa e justa".

O ministro acredita que a Nota Verde terá reflexos no clima, na saúde e também no bolso do consumidor, que, guiado pelo ranking, poderá optar por adquirir veículos mais eficientes, que consomem menos combustível e poluem menos. "Essas estrelinhas vão pegar!", comemorou. Segundo Minc, em 2010 ainda devem ser feitos outros aprimoramentos ao instrumento, como a inclusão de motos, ônibus e caminhões.

Para a secretária de Mudanças Climáticas do MMA, Suzana Kahn, que também participou da coletiva, a Nota Verde é uma forma de a população se engajar na questão do clima, que será discutida em Copenhague (Dinamarca), mês que vem, na Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-15.